quarta-feira, 25 de julho de 2018

Negar-se a si mesmo - Mt. 16.24






Todos somos chamados para sermos missionários a todos as gentes, de longe e de perto. IDE. Mas para que sejamos verdadeiros missionários, obedientes ao mandato de Cristo, primeiramente precisamos ser Cristãos. E ser Cristão é ser discípulo de Cristo, um imitador dEle e caminhar, viver nas suas pisadas. É muito mais que um discurso bonito, usar uma cruz pendurada no pescoço ou uma camiseta com uma frase de impacto. Vejamos o que o próprio Jesus diz a esse respeito no contexto do verso 24 de Mateus 16: “Se alguém”: o dever imposto é para todos os que desejam se unir aos seguidores deCristo. “Se alguém quer”: o grego é muito enfático, significando não somente o consentimento da vontade, mas o pleno propósito de coração, uma resolução determinada. “Vir após mim”: como um servo sujeito ao seu Mestre, um soldado ao seu Comandante. “Negue”: o grego significa “negar totalmente”. Negar a si mesmo: sua natureza pecaminosa e corrompida, seus gostos e desejos carnais. “E tome”: não passivamente sofra ou suporte, mas assuma voluntariamente e ativamente. “Sua cruz”: que é desprezada pelo mundo, odiada pela carne, mas que é a marca distintiva de um cristão verdadeiro. “E siga-me”: viva como Cristo viveu — para a glória de Deus. O contexto imediato é impressionante. O Senhor Jesus tinha acabado de anunciar aos Seus discípulos a proximidade da Sua morte humilhante (v. 21). Pedro se assustou, e disse, “Tem compaixão de Ti, Senhor” (v. 22). Esta atitude é o exemplo de uma mente carnal. O caminho do mundo é a procura para si mesmo e a defesa de si mesmo. “Tenha compaixão de ti” é o resultado da sua filosofia de vida. Mas a doutrina de Cristo não é “salva a ti mesmo”, mas sacrifica a ti mesmo. Cristo identificou nessas palavras de Pedro uma tentação de Satanás (v. 23), e imediatamente a rejeitou. Então, voltando-se para Pedro, disse: Não somente “deve” o Cristo subir à Jerusalém e morrer, mas todo aquele que desejar ser um seguidor dEle, deve tomar sua cruz (v. 24). O “deve” é tão imperativo num caso como no outro. Mediatoriamente, a cruz de Cristo permanece sozinha; mas experiencialmente, ela é compartilhada por todos que recebem a nova vida. O que, então, é um cristão? Ele é alguém que renunciou a si mesmo e recebeu a Cristo Jesus como Senhor (Cl. 2:6). É alguém que toma o jugo de Cristo sobre si e aprende dEle que é “manso e humilde de coração”. É alguém que foi “chamado à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Co. 1:9): comunhão em Sua obediência e sofrimento agora, e em Sua recompensa e glória no futuro sem fim. Não há como pertencer a Cristo e viver para agradar a si mesmo. Não nos enganemos: “E qualquer que não tomar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lc. 14:27), disse Cristo. E novamente Ele declarou: “Mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt. 10:33). A vida cristã começa com um ato de auto-renúncia, e é continuada pela auto-mortificação (Rm. 8:13). Neguemos (renúncia e morte) a nós mesmos e vivamos a nova vida que Cristo nos deu. A Ele seja toda a glória! 
                                                                           Pr. Luiz Eduardo.