Todo aquele que é salvo por Cristo recebe algum
dom espiritual para a edificação do corpo de Cristo, a Igreja. A palavra grega
traduzida como dom é charisma, que significa “dom pela
graça”, presente, e que tem como fonte o Espírito de Deus. O ap. Paulo registra
no início da sua carta aos Romanos (1.11,12), que muito desejava visitá-los com
o propósito de compartilhar com eles algum dom espiritual, para que assim,
pudessem, reciprocamente, serem confortados por meio da fé que tinham. Quais
dons? Certamente alguns deles seriam esses: “tendo, porém, diferentes dons
segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se
ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que
preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria” (Rm.
12.6-8). Provavelmente também esses: “Servi uns aos outros, cada um
conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o
na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado,
por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos
dos séculos. Amém!” (1Pe 4.10,11). (Ver também 1Co 12.8-11).
Porém, o principal a destacar é que essas capacitações especiais dadas por Deus,
são graciosamente concedidas a cada um para o fortalecimento dos membros da
igreja de Cristo, ou seja, para abençoarmos e sermos abençoados. Por isso é
essencial que procuremos estar sempre juntos, unidos, como um corpo vivo, onde
Cristo é a cabeça. Assim diz Hebreus 10.24,25: “Consideremo-nos também uns aos
outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de
congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto
mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. O rei Davi, ao compor o Salmo
133, creio, tinha essa ideia em mente, pois afirmou que há extrema satisfação e
benção de Deus quando o povo está reunido, e é nessa unidade e comunhão que “ordena
o Senhor a sua bênção e a vida para sempre” (Sl.133.3b). Por isso,
atentando para a exortação de Paulo aos coríntios, procuremos, com zelo, os
melhores dons (1Co 12.31), para que como membros da família da fé,
edifiquemo-nos uns aos outros. Que assim seja! Pr. Luiz Eduardo.
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