terça-feira, 19 de abril de 2016

Estudo expositivo em FILEMOM - vs. 19-25

FILEMOM – As motivações de quem perdoa – Fm. 19-25

A virtude de quem perdoa - Nos versos 1-7, vimos que Paulo não se apresenta como apóstolo e sim como um prisioneiro de Roma e de Cristo. Endereça a carta não somente a Filemom, mas para sua família e igreja, demonstrando assim o desejo de que a solução do caso entre o escravo Onésimo e o seu senhor, que se tornara público, sirva de edificação para a comunidade que se reunia na casa dele. Paulo faz questão de registrar a vida virtuosa de Filemom, especialmente seu amor e fé para com o Senhor, evidenciados no relacionamento com o próprio Paulo e com os demais irmãos da igreja. Com isso ele prepara a mente e o coração dos destinatários para o principal assunto que motiva a escrita da carta: o perdão. Paulo, nessa introdução, especialmente destaca o AMOR, principal fundamento e virtude do perdoador. (1Co 13.4-8)
As atitudes (ações) de quem perdoa – Nos versos 8-18, Paulo intercede em favor de Onésimo. Antes um escravo inútil, por ter causado prejuízo a Filemom, mas que agora é útil, um novo homem, transformado, pois regenerado pelo poder e graça do evangelho de Cristo pregado pelo apóstolo enquanto presos em Roma. Paulo apela a Filemom, pelo amor e amizade em Cristo que os une, que acolha de volta a Onésimo, agora não como um escravo, simplesmente, mas como se fosse o próprio Paulo, um irmão amado disposto a servi-lo no Senhor. Paulo ainda se compromete a pagar qualquer débito que Onésimo tenha deixado. Com estas considerações, Paulo lembra os destinatários das atitudes peculiares daquele que foi perdoado dos seus pecados e salvo da Ira de Deus por meio de Cristo, e entende que agora faz parte do Corpo de Cristo, a Igreja, e que, portanto, são um, e que assim sendo, o relacionamento deve ser restabelecido, confirmando assim, na prática, uma vida de amor e  perdão, atitudes de verdadeiros cristãos.

As motivações de quem perdoa – Finalizando a carta com os versos 19-25....

Paulo tinha certeza de que estas motivações estavam presentes na vida de Filemom

v.19 – de próprio punho – Paulo sempre utilizava um amanuense para escrever suas cartas. Quando o assunto exigia uma maior atenção dos leitores ele mesmo escrevia um trecho, autenticando e particularizando a mensagem.
·         Me deves até a ti mesmo – Paulo lembra a Filemom que ele tinha uma dívida muito maior que essa que ele se dispôs a pagar, pois Paulo o conduziu à fé salvadora, e essa dívida Filemom jamais poderia pagar.
o   Aqui está, portanto, a primeira motivação para um cristão perdoar um seu irmão:
§  Reconhecer o imerecido perdão recebido de Deus. Cl 2.13,14

v.20 – Reanima-me o coração em Cristo – Este é o segundo motivo pelo qual devemos perdoar um irmão:
·         Pelo fato da carta ter sido endereçada, não somente a Filemom, mas para igreja também, a unidade da igreja de Cristo está sendo visada aqui e até mesmo aperfeiçoada, bem como a alegria do mediador, nesse caso aqui: Paulo. Ver Fp. 2.2 – a unidade da igreja fazia a alegria do apóstolo.

v.21 – Farás mais do que estou pedindoA terceira motivação de um Cristão que perdoa é alegrar-se em abençoar um irmão com atitudes que vão além do que ele espera. Atos 20.35. Paulo tinha certeza (certo estou) de que Filemom se alegraria em receber e abençoar a Onésimo, mais do que esperava ser abençoado por ele, tendo de volta mais que um escravo, agora convertido, que não mais lhe daria prejuízo, pelo contrário, lhe seria verdadeiramente útil.

v.22 – A esperança da  libertação de Paulo – Paulo esperava ser libertado da prisão e assim estar com Filemom e os demais irmãos da igreja em Colossos. Por vossas orações (2Co 1.11)Ele contava com a intercessão da Igreja junto a Deus e esperava que esse desejo fosse realizado.
v.23 – Epafras – ver Colossenses 4.12 – com quem Paulo andava?
v.24 – Marcos (O escritor do Evangelho e o mesmo João Marcos, primo de Barnabé – Cl 4.10,11) quem Paulo não permitiu que participasse da sua equipe missionária, na segunda viagem, por ter ele desistido no meio do caminho na primeira viagem.
A quarta motivação de quem perdoa é reconhecer que aquele que te pede já passou por isso e dá o exemplo. Paulo perdoou a João Marcos. 2Tm 4.11 – Seguir o exemplo de um servo de cristo deve ser motivador.
Aristarco – de Tessalônica, foi arrebatado por uma multidão em Éfeso, e acompanhou Paulo na viagem até Jerusalém e depois a Roma.
Demas – Até que fosse tomado pelo mundo (2Tm 4.9,10), ele serviu com Paulo no ministério missionário.
Lucas – Médico pessoal e amado amigo de Paulo que o acompanhava nas viagens.

v.25 – A saudação final – Todos nós, cristãos, necessitamos da graça do Senhor Jesus Cristo para viver de maneira a cumprir os propósitos de Deus na própria vida e na daqueles a quem Cristo tem colocado na nossa vida.
É somente pela graça que Filemom e qualquer um de nós, poderemos andar segundo a vontade de Deus, cumprindo seus mandamentos, obedecendo amavelmente à sua vontade e exercitarmos com amor, o perdão. Com o vosso espírito – Lembra que a nossa vida vai além do plano material, físico, horizontal, pois é também espiritual, e é nesse plano que se resolvem essas questões, sobre o perdão. Pois a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as potestades, o inimigo das nossas almas e que quando somos alcançados pela graça de Deus temos restabelecido, primeiramente, a amizade com Deus e então o Seu Espírito, que habita em nós, nos impulsiona e nos motiva a buscarmos a paz também com o nosso semelhante, e primeiramente com os da mesma fé.





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