segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Aprendendo a viver contente - Fl. 4.10-13




Uma das razões de Paulo escrever a carta aos Filipenses era porque precisava agradecê-los pela oferta generosa que enviaram para ele. Qualquer pessoa poderia agradecer de maneira simples aquele ato de bondade, mas Paulo não era qualquer pessoa, ele era um cristão. Como agradecer aqueles crentes sem deixar de dar a glória devida a Deus? Ou como agradecer a Deus e também manifestar sua alegria para com aqueles filipenses? A maneira certa de fazer isso é o ensino de Deus; v.10 – alegrei-me, no Senhor, pelo cuidado de vocês para comigo; Paulo reconhece que aqueles crentes queriam fazer o bem a ele, mas nem sempre tinham condições; Lembremos que esta é a carta da alegria e da paz. Paulo era um homem alegre; 1.4 – intercedia constantemente em favor dos filipenses, com alegria;1.8 – Regozijava-se pela pregação do evangelho, não importando quem pregasse e nem a motivação; 2.17 – alegrava-se por não ter pregado o evangelho em vão, mesmo que pudesse morrer por causa disso; 4.1 – alegrava-se por ter sido instrumento de Deus para a conversão dos filipenses; 4.10 – alegrava-se pelos filipenses caminharem na mesma prática sua; mas ele faz questão de destacar que a sua alegria não era na oferta em si, mas no Deus que mais uma vez renovou o Seu favor através daqueles irmãos. v.11 – Digo isto, não por causa da pobreza – Paulo não quer que a igreja se sinta culpada por não ter enviado antes uma outra oferta. Por isso diz que eles queriam ajudá-lo mais, mas não tiveram oportunidade; Porque aprendi a viver contente - A palavra contente aqui é autarkês e significa: independente das circunstâncias externas (2Co 1.8,9) Uma fé tal que na prática crê: que tudo coopera para o bem (Rm. 8.28). Este contentamento precisou ser aprendido. Aprendeu por experiência prática a depender de Deus para tudo; Por isso podia dar a ordem: “Não andeis ansiosos” “Alegrai-vos”. Tanto sei - O saber, vem pela experiência, observação e interpretação das coisas que acontecem, e isso se dá no fundo do coração e daí a fé cria uma convicção firme e absoluta; A dependência de Paulo em Deus era tão profunda que ele não se preocupava nem com o pão diário; v.12 – humilhado, fome e escassez... honrado, fartura, abundância; Vemos aqui algo muito interessante: Paulo coloca estes termos todos num mesmo patamar; Faço uma pergunta: É mais fácil depender de Deus quando se tem tudo ou quando se tem nada? Ele diz que precisou aprender a estar contente em toda e qualquer situação; Muitos só se lembram de Deus quando estão na pior, quando não conseguem ver a luz no fim do túnel, quando suas forças se foram, daí recorrem a Deus; Mas o que dizer das bênçãos materiais que recebemos, da abundância? O que será que Deus quer de nós quando nos abençoa desta maneira: Ef. 4.28 – 2Co 9.10-15. Mas Paulo diz aqui que quando ele tinha fartura, abundância e honra também aprendeu a estar contente, a não depender das circunstâncias, mas a sua suficiência estava em Cristo; E ele aprendeu isso com o próprio Cristo: Mt. 4.34. v.13 – tudo (todas as coisas, circunstâncias) posso (tenho força, posso aguentar) naquele que está me fortalecendo (endynamounti= raiz de dunamys – poder, milagre). Conclusão: As experiências de vida diária com Cristo foram forjando sua fé, seu caráter, sua dependência alegre e exclusiva em Jesus. Ele edificou a sua casa sobre a Rocha, a Rocha Eterna – Jesus. Façamos o mesmo! 
Pr. Luiz Eduardo.

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